sexta-feira, 4 de setembro de 2009


O Homem, enquanto ser “racional” precisa crer que o que faz é útil para sacrificar o sangue, suor ou lágrimas num objetivo. Muitas das nossas ações partem duma posição de “defensores do bem” na qual nos posicionamos para justificar e legitimar as conseqüências dos nosso atos, ignorando todo e qualquer julgamento externo. O certo confunde-se com o bom (e vice-versa), o errado confunde-se com o mau, os 4 conceitos têm diferentes aspectos para cada pessoa/classe/sociedade e advém da adulteração do conceito de "útil" e "inútil" para os fins a que se predispõe.O que está por de trás de todos estes conceitos prende-se na relação entre custo/benefício. Quanto mais se tira o proveito necessário com o que se faz, melhor se isenta ações do julgamento.
O dia 7 de junho de 1998 assistimos o nosso país sendo arrastado para o caos que vive atualmente por interesses ambiciosos de um grupinho de pessoas. É por milhares de fatores desastrosos que temos que contar para formar um quadro estatístico das conseqüências desta guerra. O nosso povo se viu perante de um bombardeio de propagandas de guerra, a “J MAIOR” serviu como motivação, alimentada pela moral de que todo sofrimento era necessário para uma sociedade mais digna e justa para todos.
Tudo se tinha pra fazer, inclusive para se sacrificar em nome de “J MAIOR” menos a cabeça para pensar. Talvez a falta de cabeça seja o nosso maior pecado cometido ao acreditar que estávamos direcionando o país para melhor ou talvez a falta de cabeça seja o maior estupidez que cometemos ao longo da historia do nosso país ao apoiarmos interesses particulares das mesmas pessoas que nos governavam.
O tempo julgou a mentira, a realidade nos direciona no caminho diferente da ilusão que outrora alimentamos.
Muitos morreram na guerra, alguns perderam casa, dinheiro família, mas há quem se beneficiou, alguns ganharam poder, dinheiro, fama. Alguns não tiveram muita sorte de usufruir tanto e por muito tempo, mas ainda há quem continua beneficiando dos beneficies da Guerra. Assim como tantos outros (inclusive eu e mais 99% dos guineenses) continuam sofrendo as conseqüências do “7 de Junho”.

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